maio 10, 2011

Como descobrir as cores que mais gostamos
Por Fábio Galeazzo
Em seu escritório-ateliê, o designer de interiores Fábio Galeazzo dá dicas valiosas de como acertar nas escolhas, ensinando técnicas e truques infalíveis. Assista ao vídeo, navegue na galeria de imagens, salve a aula completa no seu computador e teste seus conhecimentos.
Principais tópicos desta aula
Um jeito interessante para decifrar seus tons prediletos é fechar os olhos, respirar calmamente e prestar a atenção no pensamento. As primeiras cores que surgirem serão as que você mais gosta no momento.
E que tal olhar atentamente para sua cesta de frutas? Ali, você pode descobrir tonalidades surpreendentes, como os tons violáceos das framboesas e das ameixas, o refrescante amarelo do melão e o belo vermelho das maçãs e das amoras.
Abra a dispensa da cozinha e se surpreenda com as combinações de cores interessantes das latas e dos potes de alimento.
A arte não pode ficar de fora. São inúmeros os artistas inspiradores, mas só para citar alguns, destacamos o americano Andy Warhol, figura de maior destaque da Pop art, movimento artístico nascido entre os anos 1960 e 70, que tinha como objetivo trazer as cores do cotidiano para as telas.
A moda também nos fornece bons parâmetros quando o assunto é cor. Lá pelos anos 1980 e 90, os estilistas Calvin Klein e Giorgio Armani abafaram com os chamados beges sujos. Hoje, esses tons neutros, que lembram a cor do rato e do elefante, são muito apreciados na decoração.
Aula 2
Aspectos técnicos da cor
Por João Carlos de Oliveira Cesar
Experiente em passar seu conhecimento de maneira didática e ilustrativa, João Carlos de Oliveira Cesar nos presenteia com uma aula esclarecedora, apresentando importantes aspectos da teoria das cores. Guarde bem as informações, pois este pode ser o primeiro passo bem dado em direção a um ambiente tão vivo quanto equilibrado.
Principais tópicos desta aula
Basicamente, cor é luz. As tonalidades que vemos, na verdade, é a interpretação de como nosso cérebro capta a luz.
Para haver harmonia nas cores da casa, o grande segredo é combinar tonalidades com o mesmo nível de saturação e de luminosidade, dessa forma qualquer matiz pode ser usado.
É possível alterar a cor por meio do brilho, da textura e do tamanho da área onde ela será empregada.
Como no catálogo de tinta as nuances ficam muito próximas uma das outras, para contornar o problema, um bom truque é isolar a cor escolhida dentro de um quadradinho feito numa cartolina cinza.
Você sabia que cada lâmpada dá uma resposta diferente ao mesmo matiz? Somente a luz do dia nos mostra a cor como ela realmente é. As incandescentes são as que mais se aproximam da realidade.
Esse matiz surgiu para designar o branco ideal para usar em ambientes. Sabe-se que o branco puro é desaconselhável em locais como salas e quartos, pois se trata de uma cor muito forte, intensa, fria e impessoal.

Reportagem Maria Helena Pugliesi
Roteiro Vanessa D'Amaro

A cor por ambiente

A cor por ambiente
Por Flávio Butti
Em seu escritório, o arquiteto Flávio Butti deu uma saborosa aula sobre as cores mais indicadas para cada espaço da casa. Abordando aspectos que vão da personalidade do morador ao tamanho da área, ele fornece explicações numa linguagem simples e esclarecedora.
Principais tópicos desta aula
As cores transmitem emoções de forma pessoal, isto é, nem todos reagem igual frente a mesma tonalidade, porém aspectos culturais têm grande influência em nossas escolhas.
Há dois grupos cromáticos dominantes. Cores quentes e fortes: sua principal característica é dar aconchego ao local, pois reduzem visualmente o espaço, passando a impressão de proximidade. O outro grupo pertence às cores frias e claras também conhecidas por tranquilas. Estas tendem fazer os ambientes parecer maior, pois sua suavidade transmite leveza e amplitude.
Para pessoas agitadas e hiperativas, o mais indicado é conviver com cores claras, o que não quer dizer monótonas, como tudo branco. Por outro lado, quem é do tipo calmo, um estímulo com tons mais carregados vai bem. Aos que têm doses equilibradas desses dois padrões, a receita é contrabalançar nos ambientes nuances fortes e suaves.
Independente do tamanho do ambiente, um teto branco sempre é mais adequado. Quando claro, o forro proporciona melhor luminosidade ao espaço, uma vez que reflete a luz natural e artificial existente no cômodo.
Ciente das melhores opções para cada ambiente, elabore a sua própria cartela de cores e as distribua mentalmente pelos itens da decoração.

Harmonização das cores

Harmonização das cores
Por Regina Adorno
Para explicar a arte de orquestrar matizes na decoração, a arquiteta Regina Adorno preparou uma aula dinâmica, recheada de bons exemplos, que espantam de vez o calafrio que muitos sentem com a idéia de colorir a casa. As lições foram dadas em seu novo escritório, um espaço em que as cores harmônicas respondem pelo bem-estar e pelo visual atraente.
Principais tópicos desta aula
Engana-se quem pensa que é difícil harmonizar as cores. Afinal, todos os dias, quando escolhemos o que vestir, estamos instintivamente combinando tonalidades.
O curioso, aqui, é que apesar do preconceito dos brasileiros em usar verde e amarelo juntos na decoração, o círculo cromático mostra que essas duas tonalidades dialogam muito bem quando vizinhas.
Outra opção é trabalhar com três cores. Para tanto, crie um triângulo e o gire sobre o disco cromático. As pontas da figura indicarão sempre tons que combinam entre si.
A decoração pode combinar tons harmônicos ou casar tons contrastantes. Na primeira opção, as cores não competem entre si, têm o mesmo nível de gradação.
Cuidado com o teto. Sendo essa a área mais escura do cômodo, uma vez que recebe menos luz, para que ela se iguale às paredes é preciso que sua cor seja 60 % mais clara que a da alvenaria.
O piso é o elemento que mais aparece num ambiente, assim, se ele for escuro, proporcionará destaque para os móveis e acessórios claros.
Para colocar em evidência aquela janela ou porta bonita, nada melhor do que pintá-la num tom contrastante da parede.
Cores claras, como o branco e o bege, aumentam visualmente o volume do móvel, destacando melhor suas formas.
Tapetes devem sempre contrastar com o mobiliário. Se a decoração for neutra, prefira um modelo estampado e colorido. Para garantir harmonia, escolha um padrão que acompanhe a tonalidades que mais se destaca nos objetos.

Reportagem Maria Helena Pugliesi
Roteiro Vanessa D'Amaro
Combinações: clássicas e inusitadas
Por Antonio Ferreira Jr.
O arquiteto Antonio Ferreira Jr. revela nesta aula composições de cores infalíveis. Algumas jamais saíram de moda, outras são frutos de ousadias, mas sempre fundamentadas em estudos cromáticos e no bom-senso. Em seu aconchegante escritório, ele fornece ótimos subsídios para quem quer combinar, em casa, a vasta gama de tons que hoje estão à nossa disposição.
Principais tópicos desta aula
Escada comportada: azul, branco e vermelho. Essa trinca, típica da decoração clássica francesa, muito apreciada nas ambientações provençais. Quem é romântico, pode apostar na mescla do rosa, verde e lilás, sempre clarinhos.
Mas, se você quer fugir de composições previsíveis, uma saída interessante é combinar tonalidades quentes.
O pulo-do-gato para não errar nas combinações mais ousadas é fazer testes de compatibilidade entre as tonalidades que se pretende usar.
Todas as cores apresentadas nas cartelas de tintas tendem a escurecer depois de pintadas na parede. Portanto, para não ter surpresas desagradáveis, compre a tinta sempre um tom abaixo da que você gostou.
Hoje, o verde-garrafa e o turquesa, sucessos em edições passadas da Feira de Milão, na Itália, estão em evidência.
Outra sugestão diferente, que também dá bom resultado, é juntar o fúcsia (nuance forte, parecida com o rosa pink) com azuis turquesa e piscina.
Para paredes com quadros, esqueça o branco. Saiba que o cinza-rato realça muito mais as obras de arte.
Para aqueles que gostam de composições vibrantes, vale investir no casamento do vermelho-coral (para dar certo, tem que ser exatamente esse o tom) com o azul.
Em alta na decoração, os móveis de plástico estão supercoloridos. Geralmente em tons vibrantes, como o amarelo-gema, o roxo, o rosa pink, o laranja e os verdes, eles aparecem em cadeiras, bancos e até sofás.