junho 12, 2011

Cores na decoração

Cores na decoração

por Fábio Galeazzo
Com as preciosas lições que o Fábio Galeazzo vai dar, você encontrará um caminho prático para descobrir que sensações as cores te oferecem. Depois, ele ainda mostrará como combinar os tons e acertar, sempre, para ter uma decoração aconchegante.

Principais tópicos desta aula

  • Descubra de que cor você gosta. Se estiver muito difícil, abra uma caixa de lápis de cor e retirar os tons por ordem de preferência. Ou, ainda, observe que cores de roupa você mais usa.
  • Definida a paleta preferida, o próximo passo é perceber como essas cores agem nos ambientes. Tonalidades que trazem felicidade devem estar em ambientes onde você recebe os amigos, cores tranquilas podem ir para os quartos, por exemplo.
  • Em ambientes pequenos, prefira bases com tons suaves e discretos. Deixe as nuances vibrantes para os detalhes, como a parede atrás do sofá, a cortina e as almofadas.
  • Reúna amostras de tudo o que comporá a decoração: tecidos, revestimentos de piso e parede, tapetes e móveis (estes podem vir em fotos). Isso facilita prever a harmonia, ou não, do conjunto.
  • Esqueça os preconceitos. O cinza era considerado apagado demais para a decoração, mas ao lado de nuances vibrantes, como rosa, amarelo e roxo, ele provoca um contraste chique e muito atual.
  • A cor dos catálogos de tinta pode ficar diferente quando aplicada na parede. Convém comprar ¼ de galão e testar na superfície que será pintada. Pinte uma amostra de 2 x 2 m- a área de teste está relacionada com nosso campo visual, por isso deve ser respeitada, caso contrário não será fiel com o resultado real.


De que cor você mais gosta


A pergunta é fundamental para quem está 
decorando a casa. Ficou em dúvida? A dica 
então é abrir uma caixa de lápis de cor e retirar 
os tons por ordem de preferência. Você também 
pode avaliar suas cores prediletas prestando 
a atenção no quadro que mais lhe agrada, 
bem como naquele lindo tecido antigo ou na 
roupa que mais usa. A tarefa é mais simples do 
que você imaginava, não é msmo? Definida a 
paleta preferida, o próximo passo é descobrir 
como essas cores agem nos ambientes. Isso 
porque há tonalidades que excitam, outras que 
acalmam, alegram ou, ainda, entristecem. Pense 
nisso, pois assim, fica mais fácil definir o melhor 
espaço para elas. Por exemplo, áreas em que se 
recebe, como sala e cozinha, devem ter cores 
que transmitam felicidade, já locais de repouso 
– quarto e cantos de contemplação -, pedem 
tons tranquilizadores. A iluminação do ambiente 
também influencia na decisão. Espaços com 
boa luminosidade podem abusar das nuances 
escuras. Em áreas com pouca incidência de luz o 
predomínio deve ser das cores neutras.


Ambientes pequenos

Cuidado com as cores em espaços reduzidos. Para evitar cansaço 
e irritabilidade, a regra aqui é criar uma base com tons suaves e 
discretos. Deixe as nuances vibrantes para os detalhes, como a 
parede atrás do sofá, a cortina e as almofadas. O ideal é que esses 
elementos tenham matizes de uma única família de cor. Um truque 
para dar amplitude visual é pintar o teto de azul claro e as paredes 
num tom de manteiga. O contraste pode vir nos móveis coloridos.


Composições afinadas

Para não errar na combinação das cores do 
ambiente um bom truque é reunir amostras 
de tudo o que comporá a decoração: tecidos,

revestimentos de piso e parede, tapetes e móveis (estes podem vir em fotos). Isso facilita prever a harmonia do conjunto, seja ele formado por tons da mesma família ou contrastantes. É possível saber se estamos usando cores em excesso ou se tudo está por demais monocromático. Muitas vezes, é nessa hora que se descobre que a melhor solução é pinçar uma tonalidade do estampado do sofá, por exemplo, e repeti-la nos demais elementos. Bem como encomendar uma cor especial para a parede, se for o caso. 






Para chegar à composição de vermelho mandarim, que tem toque alaranjado, com 
jade, Galeazzo buscou referências nos palácios chineses do século 6

a.
Impacto no hall


Eis um espaço pequeno em que é possível abusar 
dos matizes escuros. Por ser uma área de curta 
permanência, roxo, cinza, marrom e outros tons densos 
são bem-vindos. O intuito é causar pânico aos olhos, 
que imediatamente desaparece quando a porta de 
entrada se abre e o espaço é invadido pela claridade da 
sala. A mudança de luminosidade causa uma agradável 
sensação de felicidade aos que chegam da rua.









É de bom tom



Desde que sejam de seu agrado e estejam 
corretamente empregadas, todas as cores 
são bem-vindas na casa. No entanto, algumas 
tonalidades sofrem preconceito e, erroneamente, 
são colocadas de escanteio. Uma delas é o 
cinza, considerado apagado demais para a 
decoração. Pois saiba que ao lado de nuances 
vibrantes, como rosa, amarelo e roxo, ele provoca 
um belo contraste, chique e bastante atual. O 
preto também não é lá muito querido. Outro 
equívoco, pois se trata de um tom que permite 
recursos interessantes e sofisticados. Uma 
única parede pintada nessa tonalidade confere 
personalidade ao ambiente. Para destacá-la, 
use apenas um quadro ou uma bela fotografia 
em preto-e-branco e ilumine com pontos de luz 
sobre a obra. Outro desafeto é o azul, mas que, 
graças a moda, vem rompendo a resistência. 
Na decoração contemporânea ele chega em 
tons de turquesa e índigo, mais fechados e com 
um certo ar gasto, assim como aquela velha e 
desbotada calça jeans. Também são charmosos 
os chamados azuis-pink, que criam uma parceria 
refinada com os rosas apagados. Já o branco, 
todo mundo gosta, mas pouca gente sabe que, 
quando usado em excesso, intensifica demais a 
luminosidade do ambiente, provocando sensação 
de desconforto. O correto é contrabalançar a 
decoração com pinceladas de off-white, também 
conhecido por branco sujo. 
É de bom tom
A cor dos catálogos de tinta pode ficar diferente quando 
aplicada na parede. Convém comprar ¼ de galão e 
testar na superfície que será pintada. Pinte uma amostra 
de 2 x 2 m, dando todas as demãos recomendadas pelo 
fabricante e esperando a secagem entre elas. A área de 
teste está relacionada com nosso campo visual, por isso 
deve ser respeitada, caso contrário não será fiel com o 
resultado real. Espere a tinta secar e confira se a cor lhe 
agrada tanto na iluminação natural, quanto na artificial. 
Teste de cor
Móveis anos 1950, forrados de tecido de 
tons serenos, entram na vibração de hoje 
graças ao amarelo estridente da parede. As 
cores desta sala ganham nuances diferentes 
conforme a iluminação.

Reportagem Maria Helena Pugliesi 



O hall de entrada é valorizado pela pintura num tom de roxo. Espaços de passagem, em que se permanece pouco tempo, são os únicos ambientes pequenos que permitem exageros de cores escuras.
Grandes aberturas inundam a sala de luz natural. Branco na parede tornaria o ambiente extremamente luminoso, incomodando o olhar. Por isso, o designer de interiores Fábio Galeazzo pintou a alvenaria de off-white, que não deixa de ser branco, mas vem numa nuance tonalizada.
Observe como nesta sala as cores dialogam. Os tons do sofá desenhado por Fábio Galeazzo saíram todos da estampa do tapete.
Os tons claros das paredes (palha de seda junto à cama e tinta verde-água onde fica a janela) deram passe livre aos acessórios coloridos, como colcha, almofadas e poltrona.
Para quem se sente inseguro em escolher cores vibrantes na decoração, seguir pela cartela dos beges e terrosos pode ser um bom caminho. Aqui, apenas tons pastel garantem o aconchego.
Móveis anos 1950, forrados de tecido de tons serenos, entram na vibração de hoje graças ao amarelo estridente da parede. As cores desta sala ganham nuances diferentes conforme a iluminação.
As tiras de bambu que vestem a parede criam um pano de fundo neutro e atraente para os quadros e tecidos onde predominam as cores branca e vermelha.
Uma única e grande pitada de cor dá energia e modernidade à sala. A estante de TV com prateleiras brancas e fechamentos de sucupira rústica ganhou um brilhante painel laqueado de amarelo. Suspenso do piso, mesmo com cor tão viva, o móvel não sobrecarrega visualmente o espaço.

O jogo de cores deste living partiu da pintura a óleo feita nos fragmentos da parede original. Para chegar à composição de vermelho-mandarim, que tem um toque alaranjado, com jade, um tipo de azul-esverdeado, Galeazzo buscou referências nos palácios chineses do século 6.

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