Cores na decoração
por Fábio Galeazzo
Com as preciosas lições que o Fábio Galeazzo vai dar, você encontrará um caminho prático para descobrir que sensações as cores te oferecem. Depois, ele ainda mostrará como combinar os tons e acertar, sempre, para ter uma decoração aconchegante.
Principais tópicos desta aula
- Descubra de que cor você gosta. Se estiver muito difícil, abra uma caixa de lápis de cor e retirar os tons por ordem de preferência. Ou, ainda, observe que cores de roupa você mais usa.
- Definida a paleta preferida, o próximo passo é perceber como essas cores agem nos ambientes. Tonalidades que trazem felicidade devem estar em ambientes onde você recebe os amigos, cores tranquilas podem ir para os quartos, por exemplo.
- Em ambientes pequenos, prefira bases com tons suaves e discretos. Deixe as nuances vibrantes para os detalhes, como a parede atrás do sofá, a cortina e as almofadas.
- Reúna amostras de tudo o que comporá a decoração: tecidos, revestimentos de piso e parede, tapetes e móveis (estes podem vir em fotos). Isso facilita prever a harmonia, ou não, do conjunto.
- Esqueça os preconceitos. O cinza era considerado apagado demais para a decoração, mas ao lado de nuances vibrantes, como rosa, amarelo e roxo, ele provoca um contraste chique e muito atual.
- A cor dos catálogos de tinta pode ficar diferente quando aplicada na parede. Convém comprar ¼ de galão e testar na superfície que será pintada. Pinte uma amostra de 2 x 2 m- a área de teste está relacionada com nosso campo visual, por isso deve ser respeitada, caso contrário não será fiel com o resultado real.
De que cor você mais gosta
A pergunta é fundamental para quem está
decorando a casa. Ficou em dúvida? A dica
então é abrir uma caixa de lápis de cor e retirar
os tons por ordem de preferência. Você também
pode avaliar suas cores prediletas prestando
a atenção no quadro que mais lhe agrada,
bem como naquele lindo tecido antigo ou na
roupa que mais usa. A tarefa é mais simples do
que você imaginava, não é msmo? Definida a
paleta preferida, o próximo passo é descobrir
como essas cores agem nos ambientes. Isso
porque há tonalidades que excitam, outras que
acalmam, alegram ou, ainda, entristecem. Pense
nisso, pois assim, fica mais fácil definir o melhor
espaço para elas. Por exemplo, áreas em que se
recebe, como sala e cozinha, devem ter cores
que transmitam felicidade, já locais de repouso
– quarto e cantos de contemplação -, pedem
tons tranquilizadores. A iluminação do ambiente
também influencia na decisão. Espaços com
boa luminosidade podem abusar das nuances
escuras. Em áreas com pouca incidência de luz o
predomínio deve ser das cores neutras.
Ambientes pequenos
Cuidado com as cores em espaços reduzidos. Para evitar cansaço
e irritabilidade, a regra aqui é criar uma base com tons suaves e
discretos. Deixe as nuances vibrantes para os detalhes, como a
parede atrás do sofá, a cortina e as almofadas. O ideal é que esses
elementos tenham matizes de uma única família de cor. Um truque
para dar amplitude visual é pintar o teto de azul claro e as paredes
num tom de manteiga. O contraste pode vir nos móveis coloridos.
Composições afinadas
Para não errar na combinação das cores do
ambiente um bom truque é reunir amostras
de tudo o que comporá a decoração: tecidos,
revestimentos de piso e parede, tapetes e móveis (estes podem vir em fotos). Isso facilita prever a harmonia do conjunto, seja ele formado por tons da mesma família ou contrastantes. É possível saber se estamos usando cores em excesso ou se tudo está por demais monocromático. Muitas vezes, é nessa hora que se descobre que a melhor solução é pinçar uma tonalidade do estampado do sofá, por exemplo, e repeti-la nos demais elementos. Bem como encomendar uma cor especial para a parede, se for o caso.
Para chegar à composição de vermelho mandarim, que tem toque alaranjado, com
jade, Galeazzo buscou referências nos palácios chineses do século 6
a.
Impacto no hall
Eis um espaço pequeno em que é possível abusar
dos matizes escuros. Por ser uma área de curta
permanência, roxo, cinza, marrom e outros tons densos
são bem-vindos. O intuito é causar pânico aos olhos,
que imediatamente desaparece quando a porta de
entrada se abre e o espaço é invadido pela claridade da
sala. A mudança de luminosidade causa uma agradável
sensação de felicidade aos que chegam da rua.
É de bom tom
Desde que sejam de seu agrado e estejam
corretamente empregadas, todas as cores
são bem-vindas na casa. No entanto, algumas
tonalidades sofrem preconceito e, erroneamente,
são colocadas de escanteio. Uma delas é o
cinza, considerado apagado demais para a
decoração. Pois saiba que ao lado de nuances
vibrantes, como rosa, amarelo e roxo, ele provoca
um belo contraste, chique e bastante atual. O
preto também não é lá muito querido. Outro
equívoco, pois se trata de um tom que permite
recursos interessantes e sofisticados. Uma
única parede pintada nessa tonalidade confere
personalidade ao ambiente. Para destacá-la,
use apenas um quadro ou uma bela fotografia
em preto-e-branco e ilumine com pontos de luz
sobre a obra. Outro desafeto é o azul, mas que,
graças a moda, vem rompendo a resistência.
Na decoração contemporânea ele chega em
tons de turquesa e índigo, mais fechados e com
um certo ar gasto, assim como aquela velha e
desbotada calça jeans. Também são charmosos
os chamados azuis-pink, que criam uma parceria
refinada com os rosas apagados. Já o branco,
todo mundo gosta, mas pouca gente sabe que,
quando usado em excesso, intensifica demais a
luminosidade do ambiente, provocando sensação
de desconforto. O correto é contrabalançar a
decoração com pinceladas de off-white, também
conhecido por branco sujo.
É de bom tom
A cor dos catálogos de tinta pode ficar diferente quando
aplicada na parede. Convém comprar ¼ de galão e
testar na superfície que será pintada. Pinte uma amostra
de 2 x 2 m, dando todas as demãos recomendadas pelo
fabricante e esperando a secagem entre elas. A área de
teste está relacionada com nosso campo visual, por isso
deve ser respeitada, caso contrário não será fiel com o
resultado real. Espere a tinta secar e confira se a cor lhe
agrada tanto na iluminação natural, quanto na artificial.
Teste de cor
Móveis anos 1950, forrados de tecido de
tons serenos, entram na vibração de hoje
graças ao amarelo estridente da parede. As
cores desta sala ganham nuances diferentes
conforme a iluminação.
Reportagem Maria Helena Pugliesi
As tiras de bambu que vestem a parede criam um pano de fundo neutro e atraente para os quadros e tecidos onde predominam as cores branca e vermelha.Uma única e grande pitada de cor dá energia e modernidade à sala. A estante de TV com prateleiras brancas e fechamentos de sucupira rústica ganhou um brilhante painel laqueado de amarelo. Suspenso do piso, mesmo com cor tão viva, o móvel não sobrecarrega visualmente o espaço.
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